Sofia Leitão

Sofia Leitão (n. 1977, Paredes)

O contexto da obra de Sofia Leitão remete para questões sobre a beleza. A artista desenvolve um trabalho na área da escultura e da pintura sobre papel, enquanto utiliza o imaginário que o vestuário e os adornos pessoais evocam. As suas peças de arte construídas sobre suportes transitórios, de curta duração, requerem uma singular perseverança e firmeza própria. Elas demonstram a capacidade do tempo transformar o espaço que ocupa.

A instalação apresentada na Casa-Museu dos Patudos consiste em cinco esculturas de lantejoulas douradas. Colocadas no exterior da casa de forma a transmitirem a ideia de um organismo que se propaga e estende do interior da casa para o exterior. O brilho é a qualidade fundamental da beleza, e em consonância com a riqueza interior representam a singular capacidade cultural do espaço de transmitir um corpo de conhecimento único. Igualmente, a sua forma, remete-nos para a capacidade que um líquido tem em transpor barreiras e obstáculos devido à sua fluidez, à capacidade de tomar a forma do seu recipiente. É uma peça clara, límpida, pura, sincera que transforma o pensamento, o comportamento.

Este conjunto de obras situa-se no estado intermediário entre os objectos da vida privado de um coleccionador e os objectos determinados com precisão no nosso quotidiano.

Produção: nada na manga – associação/Trienal do Vale do Tejo


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    nada na manga

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